Público lota a Sapucaí e vibram com Mocidade, Tuiuti e Salgueiro

Público lota a Sapucaí e vibram com Mocidade, Tuiuti e Salgueiro
Nas arquibancadas, frisas e camarotes, os foliões agitaram com a passagem das três agremiações

Nem mesmo a forte chuva que caiu durante a noite deste domingo (21) na cidade do Rio, desanimou os foliões e sambistas, que lotaram as arquibancadas, frisas e camarotes do sambódromo para assistir o segundo fim de semana de ensaios técnicos da temporada. A Mocidade Independente de Padre Miguel, Paraíso do Tuiuti e Salgueiro com o canto forte, levantaram o público na Marquês de Sapucaí.

De volta à passarela em razão ao problema no carro de som que apresentou na abertura da temporada, a Mocidade foi a primeira escola a fazer o seu treino com o enredo “Pede caju que dou… Pé de caju que dá!”, do carnavalesco Marcus Ferreira. A Verde e Branco vai falar sobre a fruta do cajueiro, com suas histórias, lendas e curiosidades.

Os principais segmentos, liderados pela voz do intérprete Zé Paulo e pelo ritmo da bateria “Não Existe Mais Quente” de mestre Dudu, cruzaram mais uma vez a avenida para brindar os torcedores com sua apresentação.

Logo em seguida foi a vez do Paraíso do Tuiuti, que este ano contará o enredo “Glória ao Almirante Negro!”, desenvolvido por Jack Vasconcelos. O tema é uma homenagem a vida e história de João Cândido, marinheiro brasileiro que atuou na liderança da Revolta da Chibata. Com uma comunidade aguerrida, a escola de São Cristóvão fez um desfile bastante coeso, alegre e emocionante, porém precisa acertar alguns quesitos.

Aclamado pela plateia, a comissão de frente trouxe bailarinos divididos em dois grupos: homens com roupas de pescador em azul e amarelo e as mulheres com vestes brancas representando Iemanjá. Embora não tenha apresentado a coreografia oficial deu pista que irá surpreender.

O primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira Raphael e Dandara, enfrentou certas dificuldades ao riscar o chão da avenida. Por conta do vento forte, a bandeira acabou enrolando durante as exibições no segundo módulo de jurados.

Quem também chamou atenção ao usar um coração de LED piscando na fantasia foi a rainha de bateria, Mayara Lima, que mais uma vez esbanjou beleza e boa forma em perfeita sincronia com os ritmistas.

Para fechar a noite, o Salgueiro chegou com “Hutukara”, enredo de autoria do carnavalesco Edson Pereira que tem como objetivo reforçar a importância da cultura e preservação do povo Yanomami. Com a comissão de frente de Patrick Carvalho e o casal de mestre-sala e porta-bandeira Sidclei Santos e Marcella Alves com coreografias especiais para o ensaio, com direito a brincadeiras com a iluminação cênica do Sambódromo, a vermelha e branca agora entra na reta final do foco para o desfile no domingo de folia.

Lavando a alma na avenida

Debaixo d’água a rainha das rainhas Viviane Araújo não se intimidou, com todo ziriguidum manteve a euforia e mostrou muito samba no pé. A atriz surgiu caracterizada de indígena.

Pela Série Ouro, apresentaram-se no sábado ( 20), Sereno de Campo Grande, Acadêmicos de Vigário Geral, São Clemente e Império Serrano.

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