Lavagem do Sambódromo: teste de luz e som com atual campeã Mangueira 

Lavagem do Sambódromo: teste de luz e som com atual campeã Mangueira 
Imagem de São Sebastião Padroeiro do Rio de Janeiro

Por Luis Leite

Fotos: Daniel Pinheiro e Danndara

Sob forte temporal, baianas de várias escolas de samba e mães de santo fizeram, neste domingo (16), a tradicional lavagem do Sambódromo, com muita água de cheiro, ervas, vassouras e defumadores abrindo segundo a crendice, os caminhos e abençoando a avenida para garantir boas vibrações e energias no Carnaval 2020. 

Debaixo d’água, o cortejo começou por volta das 20h, tendo à frente a imagem de São Sebastião, Padroeiro do Rio de Janeiro, conduzida em um carro cruzando a Marquês Sapucaí. A celebração contou com a presença de representantes de diversas religiões, casais de mestre-sala e porta-bandeira mirins e adultos, galerias das velhas guardas, ritmistas e integrantes de várias agremiações, além dos Blocos Filhos de Gandhi e Cacique de Ramos.  Sambas antigos e atuais foram cantados pelos intérpretes oficiais do Grupo Especial. Durante o evento, o cantor e compositor Neguinho da Beija-Flor recebeu uma homenagem da LIESA pelos seus 45 anos de carreira.

Mangueira pega a visão!

Após a cerimônia de lavagem da pista foi vez da Estação Primeira de Mangueira, campeã do carnaval 2019, fazer o teste de luz e som da passarela. Em busca do bicampeonato, a Verde e Rosa mostrou que está pronta para fazer um grande carnaval com o enredo “A verdade vos fará livre”, do carnavalesco Leandro Vieira. O tema aborda a uma crítica da biografia de Jesus Cristo, além de questionar o que Ele faria caso retornasse à terra no atual cenário de intolerância, preconceito, violência e perseguição no mundo. Sendo a única agremiação a ensaiar na Sapucaí, a escola teve uma boa interação com público, que mesmo depois da chuva permaneceu nas arquibancadas. O desfile foi marcado por muitas manifestações contra a atual gestão da prefeitura. Este ano por falta de patrocínio não houve ensaio técnico.

A comissão de frente coordenada pelo casal de coreógrafos Priscilla Motta e Rodrigo não revelou a coreografia do desfile oficial, porém o grupo apresentou uma dança feita especialmente para lavagem.

E no olhar da porta-bandeira pro seu pavilhão

Devido a pista molhada o casal de mestre-sala e porta-bandeira, formado por Squel Jorgea e Matheus Olivério, teve um ótimo desempenho. Com muita elegância e sincronismo no bailado, os dois conseguiram desenvolver muito bem os movimentos.

A soberana da Bateria Surdo Um, Evelyn Bastos, com todo seu requebrado, esbanjando beleza e muito samba no pé, veio representando Maria das Dores Brasil, em homenagem a todas as mães que tiveram seus filhos mortos por bala perdida nas favelas do Rio.   

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