Imperatriz Leopoldinense faz junção de dois sambas para 2024

Imperatriz Leopoldinense faz junção de dois sambas para 2024
A escola contará na Sapucaí o enredo sobre testamento da cigana, escrito há mais de 100 anos - Fotos: Nelson Malfacini/Divulgação

Por Luis Leite

Na madrugada desta terça-feira (17/10), a direção da Imperatriz Leopoldinense, atual campeã do carnaval carioca, optou pela junção de dois sambas para entoar na Marquês de Sapucaí no ano que vem. A letra oficial será divulgada em breve.

Após uma disputa acirrada entre as três obras finalistas, as parcerias escolhidas foram dos compositores Me leva, Gabriel Coelho, Luiz Brinquinho, Miguel da Imperatriz, Antonio Crescente e Renne Barbosa com a de Jeferson Lima, Rômulo Meirelles, Jorge Goulart, Sílvio Mesquita, Carlinhos Niterói e Bello.

Me Leva venceu o concurso seis vezes na agremiação, o último em 2023. Já o compositor Jeferson Lima, com três vitórias.

“Fiquei surpreso com essa decisão inédita. É a primeira vez que eu vejo a Imperatriz na sua história unir duas parcerias para fazer um bom samba. Mas a diretoria sabe o que está fazendo pelo melhor da escola. Agora é ajustar alguns detalhes e partir para o bicampeonato”, disse Me Leva.

“A gente estava confiante de vencer sozinho, mas de qualquer forma estamos felizes de poder fazer parte dessa obra maravilhosa, respeitando sempre a decisão da agremiação. O mais importante agora é torcer para que dê tudo certo e que possamos fazer um grande desfile, e ganhar todas notas 10 dos jurados”, afirmou Jeferson Lima.

Catia Drumond, presidente, e João Felipe Drumond, diretor executivo da Imperatriz, destacam a confiança e o trabalho em equipe.

“Temos convicção de que a comunidade está conosco! Assim como prometemos no ano passado, também prometeremos agora. A Imperatriz fará mais uma vez um desfile para dar orgulho ao nosso povo. Nosso trabalho está sendo feito e será apresentado em altíssimo nível”, afirma a presidente Cátia Drumond.

“A presidência confia muito na equipe. Temos certeza da decisão tomada e vamos trabalhar muito e ainda mais empenhados em busca do nosso objetivo”, disse João.

A noite foi marcada por muita emoção, com o show especial apresentado pelas passistas e os demais segmentos da Verde e Branco da Leopoldina. O espetáculo contou com a abertura voltada às ancestralidades afro, além dos sambas marcantes da escola.

Ao som de violão e violino, o público também teve como atração, a performance da dança cigana.

Com todo amor ao pavilhão, a rainha de bateria Maria Mariá, mostrou todo seu samba no pé durante o evento.

Em 2024, a Rainha de Ramos será a sexta e última a desfilar no domingo de folia, dia 11 de fevereiro. A agremiação busca o bicampeonato através do enredo “Com a sorte virada pra lua segundo o testamento da cigana Esmeralda”, desenvolvido pelo carnavalesco Leandro Vieira. O tema é inspirado em um pequeno folheto que foi escrito há mais de 100 anos por Leandro Gomes de Barros, escritor paraibano reverenciado por Carlos Drummond de Andrade como o “o rei da poesia do sertão”.

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