Imperatriz e Unidos da Tijuca abrem a segunda noite de desfiles técnicos na Sapucaí
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Por Luis Leite
Apesar do forte calor, o público mais uma vez prestigiou o segundo fim de semana de ensaios técnicos na Marquês de Sapucaí. A Imperatriz Leopoldinense e a Unidos da Tijuca abusaram da criatividade e apresentaram um espetáculo impecável de cores e emoção com um gostinho de desfile oficial.
Bando de Lampião invade a Sapucaí
Em clima de nordeste, a primeira escola a pisar na avenida foi a Imperatriz com o enredo “O aperreio do cabra que o excomungado tratou com má-querença e o santíssimo não deu guarida”, do carnavalesco Leandro Vieira, com inspiração na figura de Virgulino Ferreira da Silva, o Lampião, a partir de fábulas da Literatura de Cordel.
O canto e a evolução foram os grandes destaques da noite, que reuniu integrantes das alas de comunidade e de todos os segmentos da Rainha de Ramos.
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A comissão de frente se apresentou caracterizada de cangaceiros em um figurino muito bem idealizado com os passos inspirados nas danças nordestinas.
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O casal de mestre-sala e porta-bandeira, Phelipe Lemos e Rafaela Theodoro, que retoma a parceria após sete anos afastados, mostrou muita elegância e sincronismo no bailado, ambos conseguiram desenvolver perfeitamente os movimentos.
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Nos acordes da sanfona, o samba-enredo foi muito bem conduzido pelo intérprete Pitty de Menezes e seu time de apoio do carro de som, sem maiores percalços.
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Na batida da zabumba e no toque do triangulo, a “Swing da Leopoldina”, comandada por mestre Lolo, trouxe varias bossas em ritmos de xote, baião e xaxado, fazendo a plateia das arquibancadas delirar. O andamento estava de forma sincronizada e dentro da letra do cântico. Os ritmistas usaram bonés com a sigla “CPX”, em referência ao Complexo do Alemão.
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Maria Mariá, estreante no posto de rainha de bateria, veio em grande estilo. Além de muito samba no pé, a beldade ostentou uma coroa dourada com pedras brilhantes.
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Algumas alas coreografadas usaram bastões imitando uma espingarda, entre outra encenava uma dança de festa junina.
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A última ala trouxe uma faixa exigindo respeito à sua velha-guarda. A Verde Branca foi alvo de ataques nas redes sociais no início do ano.
Unidos da Tijuca dando um banho de axé
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Encerrando a noite de ensaios e com banho de axé, a Unidos da Tijuca fez seu treino em referências a toda história, cultura e beleza da Baía de Todos os Santos, com o enredo “É onda que vai… É onda que vem… Serei a Baía de Todos os Santos a se mirar no samba da minha terra”, de autoria do carnavalesco Jack Vasconcelos. Entre uma ótima sincronia de ritmo e melodia, os componentes cantaram o samba de maneira intensa que fluiu de forma satisfatória durante todo o desfile, desde a elegante velha-guarda até a rodopiante ala de baianas.
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A comissão de frente liderada pelo coreógrafo Sérgio Lobato composta por homens e mulheres vestidos de pescadores e rendeiras interagiu bastante com o público das arquibancadas. Na performance, uma das bailarinas ao trocar de saia se transformava Iemanjá sob as águas do mar azul.
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Matheus André, estreante no cargo de primeiro mestre-sala, após ocupar o posto de segundo mestre, mostrou uma apresentação segura e com muita perfeição na dança ao lado da experiente porta-bandeira Denadir Garcia. O casal desempenhou muito bem o seu papel.
Sem perder o swing, a bateria Pura Cadência, de mestre Casagrande, ousou de várias paradinhas no decorrer do seu percurso, entre as quais o destaque ficou por conta da bossa do timbau, sintonizada de acordo com enredo da escola.
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Pai e filha: os intérpretes Wantuir e Wic tiveram grande atuação na obra. Cruzaram a pista cantando o tempo inteiro.
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Destaques para a ala de passistas simbolizando o ouro.
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Quem também arrasou foi o segundo casal de mestre-sala e porta-bandeira, Rafael Gomes e Lohane Lemos, com traje de marinheiro.
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Com um look de sereia, a rainha de bateria, Lexa, brilhou à frente de seus ritmistas. A cantora esbanjou simpatia e beleza com belo corpo escultural em evidência.
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