União de Maricá já tem samba para chamar de seu em 2025
Texto e foto: Luis Leite
É da parceria formada pelos compositores Wanderley Monteiro, Rafael Gigante, João Vidal, Vinicius Ferreira, Jefferson Oliveira, Miguel Dibo, Hélio Porto e André do Posto 7, o samba-enredo que a União de Maricá apresentará na Avenida, no Carnaval 2025.
O resultado foi divulgado na madrugada desse sábado (9), com grande festa em sua quadra de ensaios, após uma disputa acirrada entre as quatro composições finalistas do concurso.
Apesar da persistente chuva, a escola não se deixou abater, contagiou o público presente através de sua bateria com diversas paradinhas, tendo também como destaque a Ala de Passistas, os casais de mestre-sala e porta-bandeira, musas, baianas, Velha-Guarda e ademais torcidas tremulando bandeiras e bexigas durante as apresentações.
Na ocasião, foram homenageados alguns dos seus integrantes maricaense, como a coordenadora de passistas Kellyn Rosa, o diretor musical Jotapê e o mestre Paulinho Steves.
Com o enredo “O cavalo do Santíssimo e a Coroa do Seu 7”, a Vermelho e Amarelo da rodovia Amaral Peixoto vai exaltar a importância de Seu 7 da Lira, um famoso Exu da umbanda carioca, que tinha como médium a mãe de santo Cacilda de Assis, que incorporava nas famosas giras do bairro de Santíssimo, na Zona Oeste do Rio.
A entidade se popularizou muito – inclusive, virou atração na TV, como nos programas do Chacrinha e Flávio Cavalcanti. A temática está sendo desenvolvida pelo carnavalesco Leandro Vieira.
Reinando absoluta à frente dos ritmistas, Rayane Dumont mostrou muito gingado e samba no pé.
No ano que vem, a agremiação será a sexta a desfilar na Marquês de Sapucaí, 28 de fevereiro, pela Série Ouro em busca do inédito acesso ao Grupo Especial.
Confira a baixo a letra do samba campeão:
Ê, mano meu!
Pode chegar no terreiro
Firma ponto no cruzeiro
Guarda a porta da tronqueira
Seu Tiriri junto com Seu Marabô,
A encruza convocou: desce logo uma abrideira
Ah, vovó! É Cambinda que vem me ajudar
Do Oricó, a rainha da noite, Audara
Jureminha revira caboclo na gira
Mãe Cacilda festeja Seu Sete da Lira
Meu “dotô” não usa jaleco, nem gandola
Tira plantão no “buteco”, usa capa e cartola
Contra demanda no caminho da candura
Pra dor que não tem remédio, é Saracura
Vem chegando a madrugada, amor
É formada a corrente
De todo lugar chega gente
Na cantiga do Aquicó
Exu é Flamengo, eu também sou
A falange incorporou para não me deixar só
No palco do Chacrinha tem fumaça
Catiço cuspindo cachaça
Se recordar é viver
Eu hoje sonhei com você
O “ôme” baixou pra dizer
Maricá chegou pra vencer
Quando o samba ecoa, folião da canjira
Rei das quatro coroas, é Seu Sete da Lira
Saravá! Sua banda no meu congá
Seu povo de rua chegou! É o povo de Maricá