Luis Claudio Tavares, o Tio Luis do tamborim
Por Luis Leite
Fotos: Arquivo pessoal
Luis Claudio Tavares começou a tocar tamborim em 1994, no Arranco do Engenho de Dentro. Portelense de coração, Luis divide a vida de ritmista trabalhando como motorista de Uber. Aos 55 anos, ele já desfilou por diversas escolas de samba e foi diretor de tamborim na Caprichosos de Pilares, onde permaneceu por 6 anos. Hoje, desfila somente pela Portela.
Além do tamborim, Luis Claudio toca caixa e surdo de marcação. Como referência, ele idolatra o saudoso mestre Marçal; tem o Dinamite como um dos melhores diretores de tamborim da Portela, nos anos 90; e Thalita Santos Souza como um dos melhores ritmistas de tamborim.
Ao longo dos anos Luis participou de diversos desfiles e de diversas bossas, no entanto aponta o desfile da Beija-Flor, em 1998, como o desfile impecável, e a paradinha da Império de Tijuca, em 2010, como a melhor que ele participou. Mesmo assim, Luis acredita que as ousadias atrapalham as baterias, todavia admira seus criadores: “Hoje em dia com a evolução natural do samba, elas fazem parte da bateria. Às vezes, acho que são muito rebuscadas demais, atrapalhando o andamento da bateria, ora retornando abaixo, ora voltando acima, mas admiro seus criadores”.
Com vasta experiência no currículo, Tavares trabalha como instrutor do projeto Tamborim Sensação. Tocar e ensinar o instrumento é a sua arte, como ele mesmo diz. Luiz ressalta também a nova geração de ritmistas e se considera satisfeito com a perpetuação do tamborim. “Comecei lá atrás sem muitas pretensão. Ótima experiência. Hoje temos uma garotada muito boa por aí, e fico feliz que esse instrumento, que é um pouco chato de tocar, não acabará”.