Imperatriz, Santa Cruz e Unidos de Padre Miguel se destacam no segundo dia de desfiles das escolas da Série A 

Imperatriz, Santa Cruz e Unidos de Padre Miguel se destacam no segundo dia de desfiles das escolas da Série A 
Carro alegórico da Acadêmicos do Sossego

Por Luis Leite e Danndara Kyzy

A segunda noite de desfiles da Série A, na Sapucaí, apresentou um nível mais elevado do que a primeira. Não somente pela chuva que castigou as escolas da primeira noite, mas também pela evidente discrepância entre a organização e nível técnico das escolas na noite de sábado.

A Acadêmicos do Sossego abriu os desfiles com o enredo “Os Tambores de Olukum”, que celebrou as raízes sagradas, históricas e personagens do cortejo do Maracatu. Apesar de um desfile morno a escola de Niterói enfrentou problemas de acabamento em suas alegorias. Destaque para o casal de mestre-sala e porta bandeira, Marcinho Siqueira e Cristiane Caldas, que fez uma apresentação arrebatadora.

Na sequência, a Inocentes de Belford Roxo homenageou a jogadora da Seleção Brasileira feminina de futebol Marta da Silva com o enredo “Marta do Brasil – Chorar no começo para sorrir no fim”. O tema contou a história de luta e superação e as conquistas através do futebol pelo mundo. Ovacionada pelo público, a atleta desfilou no último carro alegórico.

A Unidos de Bangu, a terceira escola a entrar na Sapucaí com o enredo “Memorias de um Griô”, contou a origem do continente africano e um dos cenários mais triste da nossa história: a escravidão. A Vermelho e Branco da Zona Oeste enfrentou problemas durante o seu desfile em quase todos os quesitos, principalmente em alegorias com falta de acabamento e iluminação.

Logo a seguir, a Acadêmicos de Santa Cruz, que trouxe o enredo “Santa Cruz de Barbalha – Um conto popular no Cariri Cearense”, iniciou seu desfile debaixo de uma chuva fina sobre a avenida. A escola fez um belo desfile com destaques para a evolução e harmonia, porém houve problemas com a entrada do terceiro carro que acabou atingindo o Setor 1. Não houve feridos no acidente. A agremiação também trouxe alas que representaram muito bem a cultura e espiritualidade presente no Cariri, com as festas e santos juninos da região.

Já a Imperatriz Leopoldinense veio na sequência com a reedição do Carnaval de 1981 cujo enredo era “Só da Lalá”, em homenagem a Lamartine Babo, autor de diversas marchinhas e de alguns dos hinos dos clubes do estado do Rio de Janeiro.  A Verde Branco de Ramos levantou o público das arquibancadas com desfile impactante sendo uma das grandes favoritas ao título.

Sexta escola a pisar na avenida, a Unidos de Padre Miguel, disposta a brigar pelo acesso à elite, realizou um desfile de alto nível. A agremiação da Vila Vintém trouxe o enredo “Ginga”, contando a história da capoeira com alegorias e fantasias luxuosas e alas coreografadas que encantaram a Marques de Sapucaí.

Fechando os desfiles da série A, Império da Tijuca, trouxe um desfile com poucos erros, porém com uma grande discrepância entre as alegorias e as fantasias que não conseguiram passar bem a mensagem do enredo.

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