Parceria de Sombrinha e Aluísio Machado vence disputa de samba-enredo no Império Serrano em homenagem a Arlindo Cruz

Parceria de Sombrinha e Aluísio Machado vence disputa de samba-enredo no Império Serrano em homenagem a Arlindo Cruz
Firma na palma da mão, tem alujá e agogô! @fotografiasdazai/Divulgação

Por Luis Leite

De volta ao Grupo Especial, o Império Serrano escolheu em sua quadra, o samba-enredo que irá apresentar na Marquês de Sapucaí no Carnaval 2023. O resultado saiu por volta das 6h45 da manhã deste domingo (16).

Com três grandes obras finalistas, a parceria vencedora do concurso decidido através de votação foi a dos compositores Sombrinha, Aluísio Machado, Carlos Senna, Carlitos Beto Br, Rubens Gordinho e Ambrósio Aurélio.

Composto em acróstico que forma o nome Arlindo Domingos da Cruz Filho na vertical, o samba deu a 15ª vitória para Aluísio Machado e a primeira de Sombrinha, principal parceiro de Arlindo Cruz no mundo musical. Machado, autor do grande clássico “Bum Bum Paticumbum Prugurundum” ao lado de Beto Sem Braço, agora se tornou o compositor com o maior número de vitórias na Verde e Branca de Madureira, superando Silas de Oliveira.

Foto: Marcelo Moura/Divulgação

“É uma vitória de amor ao Império Serrano e ao meu irmão Arlindo Cruz. Toda parceria está feliz com essa homenagem a esse grande amigo. Todos os três sambas tinham condições de representar a escola na Avenida. Que bom que o nosso foi escolhido. É algo mais do que especial”, afirma Aluísio Machado.

No ano que vem, a Serrinha será a primeira escola a desfilar no domingo de folia, dia 20 de fevereiro, com o enredo “Lugares de Arlindo”, desenvolvido pelo carnavalesco Alex Souza. O tema é uma homenagem ao sambista Arlindo Cruz.

E quem marcou presença foi a rainha de bateria da agremiação Darlin Ferrattry, mãe da cantora Lexa. A beldade esbanjou simpatia e beleza à frente dos ritmistas.

Confira a letra e o áudio do samba campeão:

Acorde partideiro sem igual, nascia então, um samba do seu jeito

Reluz feito Candeia, imortal, o compositor, sambista perfeito

Levada de tantam, banjo e repique, poesia de um Cacique, malandragem deu lição

Inspiração de ventre ancestral, o dueto, a patente vem do fundo do quintal

Na boêmia, no subúrbio, na viela, o seu nome é Favela… Madureira

Dagô, Dagô Saravá, Obá kaô

O brado que traz justiça, faz a vida recompor

Deixa, o fim da tristeza ainda há de chegar

O show do artista vai continuar

Morando nos sambas que você fez pra mim

Imperiano sim!

No verso que aFlora

Giram os sonhos da porta bandeira

O amor de Orfeu, melodia namora

Serrinha é teu canto pra vida inteira

Dagô, Dagô é a lua de aruanda

A espada é de guerra e Ogum vence demanda

Cercado de axé, semeia o bem, o povo a cantar

Receba a gratidão, reizinho desse chão, aqui é o teu lugar

Uma porção de fé, o filho do verde esperança nos conduz

Zambi da Coroa Imperial, abiaxé, Arlindo Cruz

Firma na palma da mão, tem alujá e agogô

Império Serrano Falange de Jorge no oxê de Xangô

Laroyê Epa Babá

Há de roncar meu tambor

O verso de Arlindo, poema infindo, morada do amor

https://www.youtube.com/watch?v=x0KOwp3M640

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