Antônio Telles, o Toni do Agogô

Antônio Telles, o Toni do Agogô

Por Luis Leite

Fotos: Arquivo pessoal

Antônio Carlos dos Santos Telles, o Toni do Agogô, tem 53 anos e mora em Rocha Miranda. Toni nasceu no Rio de Janeiro, morou em Irajá e com 38 anos mudou para Rocha Miranda.  

Segundo ele, a escola do coração é a Portela, pois apesar das decepções, não tem como tirar esse sentimento do seu peito. Sua percepção, toca agogô desde os anos 70. Começou a tocar com 6 anos de idade, pois é filho do Edgard do Agogô. Hoje ele toca agogô, cuíca e já tocou caixa por 2 anos no Império Serrano. O seu primeiro instrumento foi agogô, por isso este instrumento é sua paixão.

De acordo com Toni do Agogô, as paradinhas e bossas atuais são excelentes e na maioria muito bem aplicadas e ajudam no crescimento do samba e mexe muito com o público, que passa a prestar muito mais atenção.

Antônio desfilou como ritmistas no Império Serrano, na Portela, Grande Rio, Acadêmicos do Salgueiro, União da Ilha, Caprichosos de Pilares, Tradição, Porto da Pedra etc., inclusive na Tradição é um dos fundadores e por lá desfilou em 1984.  No primeiro ano, ensaiava no Clube Marabu, ali na Clarimundo de Melo.   

Atualmente, Toni desfila no Paraíso do Tuiuti desde 2014. O desfile que mais gostou, de acordo com ele, foi na Tuiuti, em 2016. Foi impecável. Toda a escola se preocupou com os detalhes. Antes da largada, Toni pede licença ao seu pai Oxalá e ao seu pai Ogum.

Falando da formação de uma bateria se mestre ele fosse, Toni formaria os ritmistas da seguinte forma: marcação de lados opostos não em fileira, primeiras do lado esquerdo e segundas do lado direito e os surdos de terceira no meio com repique e caixas fazendo a verdadeira cozinha. Trazendo de 290 a 300 ritmistas.   

Para ele, o mestre Ricardinho é um dos que mais admira, pois ele é o que melhor administra pessoas e passa muita confiança, além de tratar muito bem os seus colaboradores, em segundo o mestre Rodnei, da Beija Flor.

No agogô, Antônio é fã de o Tadeu, até por se tratar de um grande amigo de mais de 30 anos, e seu filho Vitor Telles. Vitor tem ótima percepção musical e cria bossas para o instrumento como poucos.

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