Acari abre a Série Ouro 2024

Acari abre a Série Ouro 2024

Foto: Diego Mendes

Oito escolas abriram o desfile na noite de sexta-feira (9) na Marquês de Sapucaí. A primeira a pisar no solo sagrado, a estreante União do Parque Acari trouxe o enredo ILê Aiyê – 50 anos de luta e resistência. Durante os 55 minutos de desfile a dupla de intérpretes Leozinho Nunes e Tainara Martins seguraram o canto, ajudando na evolução dos componentes. A agremiação apresentou um trabalho com excelência, destaque para a comissão de frente, alegria dos componentes, que apesar da forte chuva que inundou o barracão recentemente, não deixaram a energia cair. O lado negativo foi a roupa da primeira porta-bandeira, Layane Ribeiro, que atrapalhou o desempenho do casal.  

Homenageando a cirandeira Lia de Itamaracá, o Império da Tijuca foi a segunda escola a desfilar. Inúmeros problemas aconteceram ao longo da apresentação, com erro de evolução e buraco em frente ao módulo de evolução. Apesar dos problemas, a escola apresentou um bom conjunto visual.  Com uma comissão de frente de fácil leitura, o coreógrafo Jardel Lemos deu vida à infância da homenageada de forma poética. 

Na sequência, a terceira escola a desfilar, Acadêmicos do Vigário Geral homenageou o maior “São João” do planeta. Com a característica de irreverência e alegria, a escola não conseguiu manter o canto regular durante todo o desfile. Outros problemas assolaram a escola, contingente reduzido fez com que a escola ficasse parada para alcançar o tempo mínimo regular, além da bateria acelerada. Fantasias simples mas de fácil leitura. 

O camelô pelo olhar do Debret foi o tema da Inocentes de Belford Roxo, a quarta a pisar a passarela do samba. Com uma plástica visualmente bonita, fantasias bem acabadas e com uma paleta de cores bem distribuídas. A escola apresentou problemas com os carros alegóricos que quebraram ao longo da avenida e a falta de harmonia. Um samba funcional, o intérprete Thiago Brito e o carro de som segurou o canto impulsionando a comunidade que oscilou entre alas que cantaram e outras que não.  Retornando a escola, mestre Washington Paz executou uma bossa e intervenção rítmica.  

Canto forte e enredo ancestral, Estácio de Sá, quinta escola a desfilar, foi a única escola da noite a sair desapontada da avenida por ultrapassar 1 minuto do tempo regulamentar e será penalizada na perda de 1 décimo. Destaque para a comunidade que pisou forte honrando o amor pelo pavilhão. Problemas de evolução fez com que a escola tivesse que correr no final. A comissão de frente, sob o comando da experiente Ariadne Lax, trouxe 15 componentes, com uma interpretação carregada de dramatização e energia. No final da apresentação, já no tripé se formou o xirê. 

Uma das promessas para esse carnaval, com investimento altíssimo, a União de Maricá foi a sexta a desfilar com o enredo “Esperançar o poeta”.  Estreante, a escola e sua comunidade estavam na expectativa para essa noite. Plástica impecável, luxuosa, harmonia e bateria correta demonstraram que Maricá fez o dever de casa. Ponto alto, comissão de frente do Patrick Carvalho de parte da evolução em cima do tripé que representava um pandeiro. Primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Giovanna Justus e Fabrício Pires com uma indumentária luxuosa, fizeram uma apresentação segura. 

A penúltima escola a desfilar, Acadêmicos de Niterói trouxe o enredo “Catopês – Um céu de fitas”. Mais uma agremiação com falha no canto irregular e evolução, resultando em buracos ao longo da avenida, além do vazamento de áudio no som da avenida. A dupla de irmãos, Jack Pessanha e Vinícius Pessanha fizeram uma apresentação mais clássica. Destaque também para o intérprete Tubinho Jr, iniciou o desfile com uma arrancada forte e vibrante. 

Encerrando a noite, Unidos da Ponte traz mais um enredo ligado a religião de matriz africana, “Tendendém – O axé do epô pupá”, conta a história do dendê pela sua origem mítica em terras africanas até a sua utilização na cultura dos orixás e na gastronomia. 

A bateria de mestre Branco Ribeiro chegou com força e foi o destaque do desfile. Contagiou o público e manteve o andamento.  A escola também apresentou problemas de canto e evolução, com oscilação durante a apresentação e com alguns buracos em frente a módulos de julgadores. 

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