Morre o cantor e compositor ZéDi do Salgueiro
Por Luis Leite
Morreu nesta segunda-feira (21) no Rio de Janeiro, aos 85 anos, o cantor e compositor José Dias, conhecido como ZéDi do Salgueiro. Até o fechamento desta edição, a causa da morte não havia sido divulgada.
Nascido em Mogi Mirim, no interior de São Paulo, Zé Di foi campeão pela escola de samba Vai-Vai, do Bexiga (SP), com “Independência ou Morte”, em 1971 e no ano seguinte com “Passeando pelo Brasil”.
Saindo de São Paulo para o Rio de Janeiro, ZéDi ingressou na Ala de Compositores do Salgueiro, onde concorreu e venceu logo no primeiro ano a disputa com o samba-enredo “Rei de França na Ilha da Assombração”, com o qual a Vermelho e Branca foi campeã no carnaval de 1974. A gravação do disco foi feita na voz de Laíla e na época o carnavalesco era Joãosinho Trinta, iniciando a sua trajetória profissional na agremiação.
Cinco anos mais tarde, foi campeão com o “O bailar dos ventos, relampejou, mas não choveu”, e em 1982, conquistou o samba “No reino do faz-de-conta”.
Em 1966, com “Catira”, foi o vencedor do Primeiro Festival de Música Sertaneja, da TV Paulista, e em 1967, ficou em segundo lugar no Festival da Música Infantil.
Lançou cinco álbuns musicais: “Zedi… Samba”, em 1974; “Meu Recado”, dois anos depois; “Muito Obrigado”, no ano de 1986; “Encontros” 2010; e “Zedi” em 2002 pelo selo Funjor. No ano 1993 participou da coletânea ” Escola de Samba” da gravadora Sony Music, no LP do Acadêmicos do Salgueiro.
Seus grandes sucessos: “Ontem”, “Salgueiro Chorão”, “Nega Bonita”, “No Pé de Cajarana”, “Obrigado Nossa Senhora”, “Benção mãe”, Triste Fado Meu”, “Não Me Atire Pedra”, “Explosão de alegria”, Último verão” e “Chamego de Crioula” gravada por Elza Soares.
O velório do sambista será nesta terça-feira (22), a partir das 12h, no Cemitério do Pechincha, em Jacarepaguá. Sepultamento está marcado para as 15h30.
