Carlos Alberto, o Mancha do Xequerê

Carlos Alberto, o Mancha do Xequerê

Por Luis Leite

Fotos: Arquivo pessoal

Cria da Cruzada São Sebastião, no Leblon, Carlos Alberto Félix de Oliveira, carinhosamente chamado de Mancha do Xequerê, reside no Centro do Rio de Janeiro. Hoje, aos 51 anos, o Mancha é formado em técnico de prótese dentária, no entanto, foi no bloco Baba do Quiabo – que mais tarde se tornaria Unidos do Leblon -, nos anos 70, que o salgueirense percebeu o dom para ser um ritmistas de uma escola de samba, e o primeiro instrumento que ele teve contato foi com o chocalho.

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Os primeiros passos numa escola de samba foram com o saudoso mestre Marçal, na Unidos da Tijuca. Atualmente, apesar de tocar todos os instrumentos, segundo ele, o xequerê é a peça que ele mais gosta, e com ele já desfilou por diversas escolas de samba. Somente no o carnaval deste ano, Carlos saiu na Império da Tijuca, Porto da pedra, Viradouro, Grande Rio, Tijuca, União da Ilha e Imperatriz.

“Comecei na Unidos da Tijuca, com o mestre Marçal (1930-1994), onde desfilo até hoje. Além dela, também desfilei pela Rocinha, Império da Tijuca, Viradouro, Imperatriz Leopoldinense, Salgueiro, União da ilha, Porto da pedra, Cubango, Vila Isabel, Grande Rio, Unidos de Belford Roxo, São clemente e Renascer de Jacarepaguá”, conta Carlos, orgulhoso.

Para Carlos, as bossas são essenciais, desde que não sejam muitas, entretanto, apesar de ter uma vasta experiência como ritmista, aponta a paradinha da União da Ilha deste ano, na mão do seu mestre preferido, o Ciça, como a melhor bossa que ele participou.

De acordo com Carlos, a formação atual das baterias está ótima, todavia ele sente falta dos taróis. “Se eu fosse mestre, a formação da bateria seria parecido com as que é hoje, mas colocaria mais repique e voltaria com o tarol, que está sumido”.

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Admirador de China, do Salgueiro; Vitinho, filho do mestre Paulinho; e Waguinho, do Batuque Digital, Carlos pretende dar continuidade à sua vida de ritmista, se atualizando e se aprimorando, contudo faz uma alerta: “Meu projeto é continuar tocando e me atualizando a cada ano. Acho que os ritmistas, assim como todos os componentes deveriam ser mais valorizados e respeitados pela direção das agremiações, já que uma escola de samba não se faz sem material humano”.

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