Escolas do Grupo Especial abrem a temporada de ensaios técnicos na Sapucaí

Escolas do Grupo Especial abrem a temporada de ensaios técnicos na Sapucaí
Apesar do forte calor, o público lotou as arquibancadas do Sambódromo - Foto: Henrique Matos/ Divulgação

Por Luis Leite

Aproximadamente 40 mil pessoas estiveram presentes na Marquês de Sapucaí, na noite desse sábado (25), para acompanhar a abertura oficial da temporada de ensaios técnicos do Carnaval 2025.  O público cantou, sambou, e vibrou com as apresentações da Unidos de Padre Miguel, Unidos da Tijuca e Mocidade Independente.

De volta à elite da folia carioca, após 52 anos na divisão de acesso, a Unidos de Padre Miguel (UPM), foi a primeira escola a ensaiar no Sambódromo com o enredo “Egbé Iyá Nassô”, assinado pelos carnavalescos Alexandre Lousada e Lucas Milato.

O Boi Vermelho da Zona Oeste contou com quatro elementos cenográficos, um deles acompanhado pela Ala das Baianas vestida de abadá representando o símbolo da agremiação.

O treino foi marcado pela forte emoção dos componentes que com muita intensidade cantaram o samba-enredo fazendo o grito “Vila Vintém é terra de macumbeiro” ecoar na voz do povo.

Celebrando Xangô, a comissão de frente promoveu um figurino inspirado nas tradições da Casa Branca do Engenho Velho enfeitadas com fitas que remetem às festas no salão principal do templo. À frente dos ritmistas, Andressa Marinho fez sua estreia como rainha de bateria na avenida. A beldade retratou uma guerreira africana que luta pelo resgate da ancestralidade.

Logo em seguida veio a Unidos da Tijuca com o enredo “Logun-Edé – Santo Menino Que Velho Respeita”, de autoria do carnavalesco Edson Pereira. A temática narra a história do orixá filho de Oxóssi e Oxum, cultuado no candomblé.

Composta por homens e mulheres, a comissão de frente realizou uma coreografia em referência às danças afro-brasileiras. No desfecho da exibição, um dos bailarinos ao subir no tripé em forma de tambor, era estendido um enorme tecido das cores azul e amarelo.

O Primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Matheus André e Lucinha Nobre tiveram uma atuação perfeita, com intensidade nos movimentos, rodopios e suavidade na dança.

O intérprete Ito Melodia conduziu a obra sonora com muita maestria reforçando a garra da comunidade do Morro do Borel, sob o ritmo da Pura Cadência, liderada por mestre Casagrande, que impressionou pela boa sincronia.

Apesar da ausência da rainha de bateria Lexa, internada devido a complicações em sua gravidez, a cantora recebeu diversas homenagens. Na arquibancada do setor 3, a “Torcida Organizada Família Tijucana” tremulou um bandeirão com o rosto da artista, além dos instrumentos de percussão com seu nome na lateral.

Quem marcou presença foi a ex-soberana Juliana Alves sendo bastante ovacionada pela plateia, e deixou claro que não pretende reassumir o posto que já ocupou por cinco anos.

A Mocidade encerrou a noite com tributo à carnavalesca Márcia Lage, ao compositor Zé Glória e ao intérprete Luizinho Andanças, falecidos recentemente.  A Verde e Branca mostrou um pouco do que pretende levar para o desfile com o enredo “Voltando para o Futuro – Não há limites pra sonhar”. A escola fará uma viagem intergaláctica para se reconectar com seu brilho mais intenso de uma estrela.

Que Xou da Xuxa é esse? “Ilariê”

Ao chamar atenção, a comissão de frente veio com uma vestimenta futurista refletindo luzes de led, em que na performance causava um grande efeito visual. Já a bateria “Não Existe Mais Quente” do mestre Dudu, além de dar um show à parte com suas paradinhas de tirar o fôlego, trouxe um naipe de chocalhos caracterizados de “Xuxa Espacial”.

Toda acesa, Fabíola Andrade reinou à frente dos ritmistas com uma fantasia inspirada no futuro em tons prata, misturados com verde.

Grupo da Série Ouro

Na noite de domingo (26), foi a vez das escolas da Série Ouro da Liga RJ fazerem seus treinos: União de Parque Acari, Em Cima da Hora, Inocentes de Belford Roxo e União da Ilha do Governador.

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